São aqueles que, sem serem indispensáveis para o entendimento do enunciado, deixam mais preciso o significado de um nome ou um verbo. São eles o adjunto adnominal, o adjunto adverbial e o aposto.
•• Adjunto adnominal ••
As manchetes de jornais
são títulos de notícias formados por frases diretas e objetivas. O objetivo do não
detalhamento dessas frases é suscitar no leitor o desejo de ler a notícia
completa no interior do jornal.
Ladrão invade casa de milionário em bairro
nobre. Os termos destacados nessa manchete “de milionário”
e “nobre” caracterizam os
substantivos a que se referem – “casa” e “bairro”. São respectivamente, na
morfologia, locução adjetiva e adjetivo. Na sintaxe são denominados adjunto adnominais
.
17 pessoas morrem por
falta de UTI. (Folha de São Paulo, 2003)
O numeral 17, que
acompanha o substantivo “pessoas”, também, sintaticamente, recebe o nome de
adjunto
adnominal .
Faça já a sua escolha!
A, artigo, e sua , pronome
adjetivo, acompanham o nome escolha ; são, portanto, adjuntos adnominais . Adjunto
adnominal é o termo que se refere ao substantivo e o especifica. Veja outros
exemplos pelos quais ele pode vir expresso:
a)
um adjetivo.
Exemplo:
As
meninas loiras cantavam no imenso jardim.
b)
uma locução adjetiva.
Exemplo:
Sons
de passos deixaram todos assustados.
c)
um artigo definido ou indefinido.
Exemplos:
Ele
encheu o cesto de papéis.
Uma cesta foi abandonada na
porta.
d)
um pronome adjetivo.
Exemplo:
A
mulher que se acidentou era a nossa vizinha.
e)
um numeral.
Exemplo:
Quinze mortos foi o
resultado do confronto.
f)
uma oração adjetiva.
Exemplo:
Ele
gostava de ver as crianças que corriam pela rua.
Atenção:
O mesmo substantivo pode ter mais de um adjunto adnominal.
Veja este exemplo: A triste figura de um velho
cavaleiro andante .
•• Adjunto adverbial ••
É
o termo que modifica o verbo, o adjetivo ou o advérbio.
Pode
vir representado por:
a)
advérbio.
Exemplo:
A
tarefa foi feita rapidamente.
b)
locução ou expressão adverbial.
Exemplo:
O
ladrão surgiu de repente.
c)
oração adverbial.
Exemplo:
Quando faz sol, vou à
praia.
São
muitos os tipos de adjuntos adverbiais, dependendo do contexto em que aparecem.
Conheça os mais comuns:
a)
de causa.
Exemplos:
Cantei
de feliz que estava.
As árvores pareciam balançar de alegria.
b)
de companhia.
Exemplos:
Martin
foi com eles para a rua.
Levou
consigo todos os seus pertences.
c)
de dúvida.
Exemplos:
Acaso você veio para me
aborrecer?
Talvez a dor haja passado.
d)
de fim.
Exemplos:
Contei-lhe
a história para que tudo ficasse esclarecido.
Eram
unha e carne para tudo na vida.
e)
de instrumento.
Exemplos:
Preparou
o bolo com a colher de pau.
Tocou
o gato pra fora a pontapés.
f)
de intensidade.
Exemplos:
Come
muito, mas não engorda.
Quem
fala pouco pensa muito.
g)
de lugar.
Exemplos:
Os
mendigos vivem nas ruas. (onde)
Ontem
fomos ao cinema. (aonde)
Quando
chegamos do cinema, ele estava dormindo. (donde)
Vou
para o Rio de Janeiro. (para onde)
Entrei
por um corredor escuro. (por onde)
h)
de matéria.
Exemplos:
Eu
sou feita de carne e osso.
Comprei
um casaco de pele.
i)
de meio.
Exemplos:
Voltamos
de avião do Rio de Janeiro.
Fui
a pé até a faculdade.
j)
de modo.
Exemplos:
Eles
queriam que os tratasse com diplomacia.
Andava
por aí, sem destino.
k)
de negação.
Exemplos:
Não me disse nada sobre o
assunto.
Não vá embora!
l)
de tempo.
Exemplos:
Ontem meu pai veio visitar-me.
Vamos esta
noite ao cinema.
•• Aposto ••
A
história do petróleo no Brasil
Monteiro
Lobato, um dos precursores da exploração de petróleo no país, poderia
contar a história em um capítulo do
Sítio
do Pica-Pau Amarelo. Você sabe por quê? Porque foi o escritor Monteiro Lobato,
em 1931, quem fundou a Companhia de Petróleo do Brasil, passando, depois, a se
dedicar a uma campanha para extração do produto.
No
ano de 1939 é criado o Conselho Nacional do Petróleo (CNP), que nacionaliza os
bens do subsolo, e é feita a primeira descoberta do produto, na localidade de
Lobato (BA). (Época, jun. 1999, adaptado)
O
termo grifado um dos precursores da exploração de petróleo no país refere-se ao
substantivo Monteiro Lobato
explicando-o.
Trata-se de aposto. Dessa forma, aposto é o termo que define ou explica um
substantivo, um pronome ou palavra equivalente.
Exemplos:
Nós,
os alunos, queremos aprender.
Maria
José, minha mãe, nasceu em Minas.
Em
geral, como nos exemplos acima, o aposto vem separado por vírgula, dois-pontos,
travessão ou parênteses.
No
entanto pode não haver pausa entre ele e a palavra principal, quando esta é um
termo genérico que está sendo
especificado
pelo aposto. Nesse caso recebe o nome de aposto de especificação.
Exemplos:
O
livro de português.
A
rainha da Inglaterra.
A
cidade de Campinas.
O
escritor Machado de Assis.
O
aposto pode também:
a)
ser representado por uma oração.
Exemplo:
Naquele
momento, foi instintivo: saí gritando!
b)
referir-se a uma oração inteira.
Exemplo:
A
porta estava aberta, sinal de que alguém havia entrado.
c)
indicar enumeração.
Exemplo:
Tudo
no jardim era lindo: as cores, as formas e o perfume
das flores.
O
aposto tem o mesmo valor sintático do termo a que se refere. Portanto, pode
haver:
a)
aposto no sujeito.
Exemplo:
Eles
haviam chegado, Pedro e Martin, para o almoço.
b)
aposto no predicativo.
Exemplo:
Ele era Zapata, o homem das mil faces.
c)
aposto no complemento nominal.
Exemplo:
D.
Quixote confiava em seu parceiro, Sancho Pança, e foi
em
frente.
d)
aposto no objeto direto.
Exemplo:
Odiava
duas coisas na escola: os gritos e os livros.
e)
aposto no objeto indireto.
Exemplo:
Encontrou-se
com alguém que não via fazia anos, o primeiro
namorado.
f)
aposto no agente da passiva.
Exemplo:
O
nosso time, o Santos, foi derrotado pelo time adversário,
o Bahia.
g)
aposto no adjunto adverbial.
Exemplo:
Meu
pai chegou à hora de sempre, três da manhã.
h)
aposto no aposto.
Exemplo:
Lá
conheci Angel, que vive em Sabadell, cidade próxima
a Barcelona, marido de Tânia.
i)
aposto no vocativo.
Exemplo:
Martin,
filho querido, você é o grande amor da minha vida!
•• Vocativo ••
É
o termo de entoação exclamativa que serve apenas para invocar, chamar ou nomear
uma pessoa ou objeto personificado.
Exemplo:
Tudo
por vós, meu rei!
O
vocativo pode:
a)
não estar subordinado a qualquer termo da oração.
Exemplo:
Não
suporto mais, meu Deus!
b)
estar subordinado a algum termo da oração.
Exemplo:
Meu amigo, que nobres são teus
sentimentos!
Atenção:
Não se deve confundir o vocativo com o substantivo
que
constitui por si mesmo o predicado em frases exclamativas.
Veja:
Coragem!
(= Tenha coragem!),
Silêncio! (= Faça silêncio!)
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